Fevereiro 3, 1954.
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DEUS SEJA SEMPRE LOUVADO.
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Louis Francescon aos meus amados irmãos na fé apostolica, reunidos na rua Visconde de Parnaíba, 1616 em S. Paulo, nos dias 15 a 17 de Abril do corrente ano, para tomar ciência do andamento da Obra do nosso Senhor no querido Brasil, no ano de 1958 pp. A paz de Deus em vossos corações.
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Agradeço ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que me concede vos enviar esta carta para vos recordar a graça que temos igualmente recebida do Piedoso Deus por meio da morte e ressurreição de Seu Amado Filho, a Quem Ele não poupou a fim de que a Sua promessa tivesse Seu cumprimento e o Seu nome fosse glorificado por Seus santos para sempre. Agora por meio das Sagradas Escrituras sabemos como pode vir manifestado o amor de Deus aos que estão longe da Sua Graça, enviando Seu Unigenito Filho a esta terra com uma natureza humana, dando-nos por meio dela o verdadeiro exemplo de humildade e também nos ensinando como Seu Pai pode ser manifestado a todos os filhos dos homens, a saber, observando os Seus mandamentos, em particular o Seu Novo, desta dispensação de graça aos Seus discípulos, que consiste em amar uns aos outros como Ele (Jesus) os tem amado também.
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Os que são Salvos por Cristo Jesus, com Ele recebem também o Pai que O enviou nesta terra para dar vida eterna a todos que o crerem e O aceitam como único Salvador, pelo Qual Deus foi glorificado pelos Seus crentes e, eles pois como filhos adoptados por Cristo, herdarão ao fim com Ele todas as promessas de Deus Pai, se Lhe permanecerem fiéis até a morte.
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Sabemos também que a Igreja de Deus Vivente, vem sempre formada pelos que Ele chama a fazer parte d´Ela, sendo então esses confiados a Seu Filho, para por Ele usufruir e compreender sempre mais o amor de Deus, e o Seu querer; com isso eles ficam ligados em uma íntima comunhão uns com os outros pela morte que lhes coube de serem feitos membros do corpo de Cristo, sendo Ele próprio a cabeça desse corpo glorioso, Quem governa todos os membros com um só espírito.
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Isto vem explicado na segunda parte do cap. 12 da primeira carta aos Coríntios, a nós por essa parte da Palavra de Deus, vemos claro que todos os membros precisam a cooperação uns dos outros que integram o mesmo corpo, para poder cada um exercer a ação na sua parte de virtude com os demais membros do próprio corpo.
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Portanto vigiais para que não entre em nenhum de vós um espírito de independência, cuidando que se possa servir a nosso Senhor sem depender uns dos outros membros do próprio corpo.
Logo tal crença do homem já manifesta um orgulho contrario a humildade, à fé e doutrina apostólica, espírito esse que gera contenda e destroem a paz no povo; produzindo dissenções que formam partidos e criam seitas novas, provocando escândalos, perdendo-ser assem o bom testemunho que o mundo quer ver em cada um de nós.
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Essas obras perversas só serão produzidas por àqueles que se afastam do corpo de Cristo que é um só; eu sou uma testemunha desse mal e por isso não paro de vos exortar a permanecer firmes na celestial vocação, resistindo ao diabo, pai de todos os soberbos e rebeldes.
Sabendo vós também que não há outro caminho que conduza à glória eterna alem deste no qual nos achamos.
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Para esse fim é mais necessário que todos vos reunais anualmente , não só por uma formalidade da Lei, determina um relato do movimento anual da Congregação, porém (regularmente para virdes sempre mais fraternizados e preparados para suportar-vos uns aos outros nos combates que pode se levantar contra a doutrina que todos nos abraçamos por graça alcançada do Bondoso Deus, para assim ser defendida por vós Seus filhos que sois também chamados para ser as Suas testemunhas até a volta do nosso Redentor.
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Só irmanados nessas reuniões é que vós podeis honrar e amar uns aos outros e também estar prontos para impedir que o mal entre no meio de vós. E vós achardes comunhão poderia estar sempre em comunicação por meio de cartas e circulares quando algum do meio de vós vem seduzido por satanás.
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Porque esses também tem que aparecer os quais anunciarão extranhas doutrinas contrárias a fé Apostolica, Os tais devem ser reprovados, assim sendo como outros males que queiram criar raizes no meio de vós, deveis impedi-los por medo da vossa unidade e amor à obra do nosso Senhor.
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Para com os de fora já estais imunizados; espero que nosso Celestial Pai vos dê de perceber sempre mais a importância dessas reuniões anuais, que foi Ele mesmo Quem as ordenou.
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Até esta data foram levadas a efeito na Capital de S. Paulo, mais central para todos e, também porque há em S. Paulo mais e melhores meios para acomodar os que vêm de fora; porém ninguém venha que em S. Paulo ao fim chegue a ser uma nova Roma. Vos digo que Cristo é a nossa Única Cabeça e aquele juízo não pode ocorrer porque Ele é o Dono do Universo e se tardar a vir, poderá permitir outras localidades para tal fim, si quizer; porém no momento é necessário vos acomodar em S. Paulo como no passado, com mais alegria e agradecimento a Deus, por àquilo que tem feito e que irá fazer por vós o nosso celestial Pai, até a volta de Seu amado Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, almejada por toda a Igreja remida e santificada pelo Sangue do concerto eterno.
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Pode ser que esta seja minha ultima carta para essas reuniões anuais; eu me sinto livre perante todos vós, porque vos tenho servido fielmente naquele pouco conhecimento que o Senhor me tem confiado. Nunca busquei o que é meu, porém esforcei-me em achar-me aprovado do Senhor, como seu Servo, e nada mais. Tenho considerado a Sua rica graça que Ele quis doar-me com seus eleitos; apreciando-a acima de todas as cousas deste mundo; boas oportunidades me foram apresentadas nas cousas desta vida, para usufrui-las, porém não estando elas de acordo com A Palavra de Deus, pelo Seu temor as recusei e nunca me faltando o pão de cada dia.
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Com alegria e de um só par e sentimento com a minha fiel esposa aceitamos a condição de nosso Senhor sem desanimar-mos pelo que se apresentava contra nós neste Caminho. Hoje minha única propriedade consiste em uma cova à direita de minha falecida esposa, com uma viva esperança que ao soar a trombeta de nosso amado Redentor, ao Qual servimos juntos “com sacrifícios” nesta terra de vaidade, ouviremos a Sua bendita voz de conforto, tirando-nos fora do túmulo, para então irmos encontrar com Ele em nuvens da Sua gloria junto a todos os Seus fiéis para assim contemplar permanentemente toda a sua formosura. Aleluia.
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O inimigo da Verdade procurou muitas vezes tirar-me esta vida material, mas o meu Senhor, aniquilou sempre os seus aguilhoes e me amparou até esta data, dando-me longa vida para alegrar-me vendo sua milagrosa Obra junto com Seu povo, no qual pertenceis também vós da parte de Deus, queridos e amados do Brasil.
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Eu vos saúdo no Seu amor com as vossas queridas famílias e irmandade que representais nessa reunião, ao voltardes ao campo que o Senhor vos colocou em atividade espiritual. Orai por mim. Amém.
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Vosso irmão que vos ama e estima na graça de Deus que temos alcançada pela fé em Cristo Jesus Redentor e Senhor nosso, o Qual foi exaltado em eterno, para ser louvado junto ao Deus dos exércitos Celestiais, por ter vencido o autor de todos os males desta vida.
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(a) Louis Francescon
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