quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Saudades da Salinha do Arraial, Garanhuns-PE

                                                       Foto meramente ilustrativa

Saudade da Salinha do Arraial

Quando o Senhor me chamou no Caminho celestial
Na segunda e sexta-feira congregava no Arraial
Aprendia a Caridade com a Palavra da Verdade, não havia outra igual.

A salinha era pequena enchia de irmandade.
Somente um bombardino, mas tocava com vontade.
Nem ainda um órgão tinha ali naquela salinha
Mas havia Santidade.

As sete horas da noite para a salinha eu corria
Ia buscar a Palavra com fervor e alegria
E sempre perseverante,
Irmão Franklin Cavalcante atendia todo dia.

Na Palavra tinha tudo para nossa edificação
Deus mandava a Doutrina, cura e Libertação
Nunca a Igreja era vencida, ficava sempre unida
Depois da repreensão.

Os conselhos do Senhor eram mais doces que o mel,
Ninguém andava em vaidade, buscavam somente o céu,
Quando o irmão viajava, para atender convidava
O irmão José Gabriel.

Para viagem ou missão, a resposta eu buscava
Num hino ou testemunho a certeza já chegava
Sendo eu fraco e sem temor , Deus dava ao cooperador
A Palavra, e confirmava


O Arraial se transformou colocaram um ancião.
Derrubaram a salinha fizeram uma Congregação.
A tristeza me invade pois aqui nesta cidade
Não tem mais revelação.

E o Irmão Cavalcante não está pregando mais.
Foi viver com o Senhor nas moradas celestiais.
Hoje ao ver uma salinha penso na vida que eu tinha
Que eu não esqueço jamais.

Ninguém prega mais doutrina, não tem mais exortação.
Não temos mais liberdade só quem prega é o ancião.
Já acabou o amor só chamam o cooperador
Para fazer a oração.

Sempre a mesma pregação: Deus vai te abençoar.
O Senhor está contigo. Teu esposo vou chamar.
Igreja vai dando Glória, hoje é Cântico de Vitória.
O teu desejo cumprirá.


Como fui com Josué, também eu serei contigo.
Vou cumprir todas promessas. Não temas o inimigo.
Vou congregar e outra vez vem o Salmo 23
Mas Deus não fala comigo.

O Senhor é teu Pastor e nada te faltará.
Não falta enfermidade e sempre a prova virá.
Mas isso não é bênção, é uma grande maldição
Não quero mais congregar.

E o Irmão Cavalcante não está pregando mais.
Foi viver com o Senhor nas moradas celestiais.
Hoje ao ver uma salinha penso na vida que eu tinha

Que eu não esqueço jamais.

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